domingo, 27 de julho de 2008

Bolsa Família, quem é que paga?

O presidente Lula decidiu reajustar o benefíco do Bolsa família, em 8% sobre os valores pagos pelo programa. Beleza! O povão agradece. E talvez até vote em seus candidatos nas eleições deste ano. Mas o que eu gostaria mesmo de saber é quem paga por esta dádiva. A inflação também quer ser reajustada. O Banco Cental já prevê uma elevação de 4,6 para 6%. Eu não entendo coisa alguma sobre economia de mercado mas sei que a inflação está relacionada com a circulação de mercadoria e de capital. E assim, fico imaginando: com mais dinheiro no bolso do povo implica em maior quantidade de aquisição de produtos. E para que estes produtos alcansem o marcado, alguém precisa produzir e distribuir. Estou certa? Ok. Então eu pergunto, quem são estes produtores? É claro que são os trabalhadores. Concorda? Pois muito bem. Agora imagine, se os produtores são trabalhadores que ganham seu próprio sustento, eles não precisam do benefício do governo. Ou seja, seguindo este raciocínio, se quem trabalha não recebe o Bolsa família, os verdadeiros beneficiados são que não trabalham. Não é verdade? E que além de não produzirem bens para o marcado, com a ajuda do presidente, ainda retiram deste mesmo mercado os produtos existentes, fruto do trabalho dos produtores. E como todos nós sabemos, é o pruduto do trabalho que gera valores, dinheiro, grana, bufunfa, tutu, como queiram chamar. Então, sendo assim, os que trabalham geram os benefícios pagos pelo presidente aos que não trabalham, ou pelo menos aos que não produzem para seu próprio sustento. E ai, senhor presidente, será que este não é um bom insentivo ao ócio e ao favorecimento para do crescimento da inflação? Me desculpe pela ignorância, pois como já falei, não entendo de economia, o que eu entendo é de trabalho. Pois foi o que sempre fiz, desde criança. Enquanto minhas coleguinhas de adolescência estavam se divertindo e providenciando mais criancinhas para ampliar a demanda de beneficiários do Bolsa Família, eu estava estudando com fome (porque naquela época não existia o Fome Zero), me preparando para ser mais uma que produz e menos quatro que apenas consomem. E hoje, eu me pergunto, pelo que posso observar, será mesmo que vale a pena trabalhar?

Nenhum comentário: